A melhor forma de me descrever é contando uma história:

Quando eu estava no ensino médio eu cursava o curso técnico em Empreendorismo. O curso tinha como premissa capacitar jovens a terem seus próprios negócios. Na época a escola ficava a quase duas horas de trem da minha casa. Após descer da estação eu ainda tinha que andar quase um quilômetro até a escola. O dinheiro era pouco e basicamente durante as primeiras oito horas do dia eu só comeria o biscoito com suco servido no recreio. Isso fazia a tarefa de acordar cedo todos os dias e enfrentar essa labuta, um suplício diário. O que me motivava na verdade a ir para a escola eram as aulas de dança e de teatro. Lá eu podia criar meus próprios mundos, eu me destacava e era apreciado e valorizado. Obviamente que um bom tempo que eu deveria passar em sala de aula eu utilizava para fazer toda e qualquer aula de dança, teatro e artes. Para os meus colegas de turma e especialmente para os professores eu era um enigma difícil de decifrar. Porém para mim era óbvio que fazer arte também era empreender. Eram outros tempos, e essa visão que hoje felizmente eu vejo ser compartilhada, era praticamente inexistente. Tanto que um belo dia, um dos professores, que também era coordenador do curso, me chamou no meio da sala de aula e disse, como quem dá um diagnóstico médico, que eu era um desperdício de dinheiro público. 

Bom, passados os anos eu sou, ao que me consta, um dos alunos mais bem sucedidos daquela turma. Atuei em questões sociais importnates como a conquista do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo no Brasil, ministros cursos de capacitação, faço parcerias para que pessoas estudem outros idiomas, gero emprego e renda para várias famílias e a cima de tudo, trabalho todos os dias para tornar todos os meus sonhos realidade. 

Divertir, entreter e comunicar essas sempre foram minhas maiores motivações. No meio dessa jornada imprevisível mas muito prazerosa que é a vida, eu encontrei uma das pessoas mais geniais que eu conheci: Arturo. Esse site é uma pequena mostra de tudo o que fazemos. 

Hoje eu curso dois doutorados ao mesmo tempo. Sou um dos poucos brasileiros a enfrentar esse desafio. E por que faço isso? Porque eu sempre acho que tenho muito a dizer e para fazer. Vamos que vamos!